Rua Teixeira Lopes

%AM, %15 %051 %2014 %00:%Mar. Escrito por 
Classifique este item
(0 votos)

 

A primeira fase da obra edificada pela Cooperativa, abarcava o espaço que era constituída pela Rua da Cooperativa dos Funcionários Judiciais, Rua 18 de Abril e pela Rua do Baião, que era, no tempo, um caminho que limitava a nascente a chamada Quinta dos Carregais, e cuja designação é mais antiga, não tendo sido possível para já, saber qual a origem do nome da rua.

Haveria pois que avançar para a segunda fase da construção das moradias e para isso era necessário construir a rua que limitava a norte a dita 1o fase e a que posteriormente, por proposta da Direcção de então, foi dado o nome de Rua Teixeira Lopes. Quem foi então Teixeira Lopes para merecer a honra?

Do casal constituído pelo escultor José Joaquim Teixeira Lopes e Raquel Pereira Meireles Teixeira Lopes, viria a nascer, em Vila Nova de Gaia a 27 de Outubro de 1866 um filho a que deram o nome de António Teixeira Lopes. Com 16 anos entrou na Academia de Belas Artes, onde teve, como mestres e professores, entre outros o

conhecido escultor Soares dos Reis e o pintor Marques de Oliveira.

Em 1885 no terceiro ano, foi para Paris estudar na École dês Beaux-Arts onde conviveu com muitos dos artistas que se tornaram conhecidos posteriormente e onde teve como professores e orientadores grandes nomes da escultura mundial como Gauthier e Berthet. Já então participava em várias exposições tanto em Portugal como na Europa, onde veio a alcançar notoriedade.

Em 1895, fixou-se em Vila Nova de Gaia onde construiu um atelier na Rua do Marquês de Sá da Bandeira, sob projecto de seu irmão José Teixeira Lopes, que com ele colaborou em muitos dos trabalhos que apresentou. Neste espaço, ainda hoje, está instalado a Casa Museu Teixeira Lopes, que doou ao Município de Vila Nova de Gaia, em 1933, para aí ser montado um museu-oficina, onde se podem admirar grande parte das suas obras.

Foi ainda professor na Escola de Belas Artes do Porto e veio a falecer em São Mamede de Ribatua, no concelho de Alijó, a 21 de Julho de 1942. Retratou muitos temas religiosos e históricos em barro, mármore e bronze. De entre as mais conhecidas destacam-se a “A Infância de Caim”, “A Viúva”, “A História”, “Baco”, “A estátua de Eça de Queirós”. A estatueta de Baco pode ser admirada na Praça de República no Porto e a estátua de Eça de Queirós na Praça de Barão de Quintela ,em Lisboa. Tem ainda como trabalho digno de uma visita, as imponentes portas de bronze da Igreja de Candelária, localizada no centro histórico de Rio de Janeiro no Brasil. 

Ler 4151 vezes